Isto era para ser um poema.
Mas por falta de poesia foi suspenso.
Talvez não penso e nem rima posso fazer.
Se não sei fazer rima, a métrica também perdi,
assim como me perdi em você,
assim como, sem nunca ter ganho, te perdi.
Perdi para uma infelicidade disfarçada de futuro.
E meu futuro ficou a vagar,
disfarçado de esperança.
Um poeta disse que quem acredita sempre alcança,
mas a vida não espera e nem eu acredito,
pois acreditar faz doer uma dor invisível,
que desatina sem doer e aos poucos, sem você, me faz morrer,
como morreu Álvares de Azevedo,
como morreu Camões.
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