Era de papel um sentimento por mim,
E era perecível, e era oportuno,
No relógio ainda faltavam dez minutos e o dia não havia passado.
Eu não era namorado, era enamorado e sofria e ruía.
Nunca ouvi uma verdade só minha e era de papel
e era perecível e era oportuno,
No relógio a hora já fora dada, pelo tempo maior
E eu não ouvia, e não queria, então sofria e me despedaçava.
Eu caminhava em direção a você que era o Sol do país das maravilhas,
e lá me perdia
me doava.
Eu não mais caminhava, pois o que tinha não bastava. E não me basto em mim mesmo.
Eu era de papel. Eu pereci. Eu não fui oportuno. E o relógio nem hora mais tem.